05 outubro 2011

Luiz Galdino é quem escreve conosco neste bimestre


        Oi meninos e meninas de Cataguases! Um pouquinho de minha história para vocês começarem a me conhecer.
Sou paulista de Caçapava, Vale do Paraíba, onde vivi até os 17 anos. Depois de correr muito mundo e viver em muitos lugares, radiquei-me na Capital e até hoje vivo em São Paulo, cidade que aprendi a gostar até naquilo que as pessoas costumam achar defeito. Continuo viajando muito, participando de encontros com leitores ou pesquisando Pré-história brasileira, mas sempre volto a São Paulo.
      Atuei 25 anos na área de Comunicação Social, especialmente em Criação de Publicidade, área em que conquistei minhas primeiras premiações. Meu sonho, desde criança, era a literatura. No entanto, foi somente muito perto dos 40 anos que algumas premiações em concursos literários possibilitaram as primeiras publicações. Comecei minha carreira, publicando livros de ficção para adultos, entre os quais “Urutu Cruzeiro” (contos), Prêmio Nacional do Clube do Livro, São Paulo; e “O Príncipe da Pedra Verde” (romance), Prêmio Literário Nacional do INL, Brasília, D.F.
      Entretanto, foi entre jovens e crianças que encontrei os melhores cúmplices para minhas histórias, entre elas: “Terra Sem Males”, Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, São Paulo; “Sacici Siriri Sici”, Prêmio João de Barro, da Prefeitura de Belo Horizonte; e 5 obras, entre as quais “Os Cavaleiros da Távola Redonda” e  “Os Cavaleiros do Graal”, selecionadas entre as melhores do ano pela Biblioteca da Juventude de Munique, Alemanha; e indicadas para a Feira de Bolonha, Itália. E “Saruê Zambi” foi selecionada para compor o catálogo das “Melhores Histórias de Guerra e Paz de Todos os Tempos”, daquela Biblioteca alemã.
      Enquanto isso, a formação em Artes me levou a publicar, também, obras de não-ficção (Pré-História), como “Itacoatiaras: uma Pré-história da Arte no Brasil”, “A Astronomia Indígena” e “Peabiru: os Incas no Brasil”, que conquistou o Prêmio Clio da Academia Paulistana de História. Hoje, são mais de 60 histórias publicadas, inclusive no México e Estados Unidos; e enquanto umas se tornaram material de leitura em universidades japonesas e americanas, outras inspiraram teses universitárias na Holanda e Brasil.
         Será um prazer dividir minhas histórias e poder escrever em parceria com vocês, meus novos amigos.

Um abraço, do Galdino!

04 outubro 2011



Daniel Munduruku é bom de papo!! Sabe contar histórias como ninguém!!! Aprendeu com seus pais e seus avós. É tradição! Estão explicadas as carinhas sorridentes em todos os registros. Acredito que estamos todos felizes com o resultado. Gosto de ver a emoção dos escritores que passam por aqui e das crianças. Mas ultimamente, ando de olho em outro público. Os professores e a equipe do Instituto Francisca de Souza Peixoto abordam os escritores como crianças. Estas por sua vez andam compenetradas, preocupadas com questões como a abordagem histórica que os indígenas deram para a colonização do Brasil ou a proteção das florestas, rios e animais. Olhares à parte o que importa na verdade, é que todos se envolvem ao lerem, criarem histórias e obras de arte, teatrarem, dançarem, cantarem.  Sou muito grata a todos e mais ainda por fazer parte disto tudo.
Mais uma vez tivemos uma finalização de projeto muito agradável, graças a estes milhões de pessoas que se dispõem a trabalhar e tornar tudo isto possível. Desta vez não vou citar nomes como fiz no último encontro. Estou com medo de esquecer alguém, o que seria imperdoável. Apenas agradeço humildemente o trabalho, e parabenizo a competência destes que fazem tudo isto possível.
Alegremo-nos!!!!
Que venha Luiz Galdino!
Andrea

Na verdade, tudo não passou de um grande susto. A sombra não era de nenhum monstro. Era só o reflexo do nosso amigo caçador que ficou prá trás e desesperado tentava nos encontrar. Percebemos que tudo não passara de um grande susto, então resolvemos nos acomodar na casa para passarmos a noite. Ainda meio assustados, adormecemos.

        No dia seguinte, antes dos primeiros raios de sol, acordamos e pudemos explorar aquela linda casa. Tudo era mesmo encantador, mas o estranho é que ninguém morava lá.
Resolvemos partir para continuarmos nossa caçada. Para a nossa surpresa, quando afastamos uns cem metros, viramos para trás e a casa simplesmente havia desaparecido. Ela era sim, uma casa mágica que surgia apenas para abrigar os que se perdiam na floresta e os seus segredos jamais foram revelados.

Alunos Profª Edilena - 5º ano E.E. Guido Marliére

... Próft. Lá estávamos no maior sufoco e com muito medo. Raios começaram a cair e as janelas batiam. Vinha em nossa direção uma sombra que arrepiávamos da cabeça aos pés, foi quando demos falta de um dos nossos amigos e nesse instante lembramos que para vencermos o medo tínhamos que lutar. De repente uma força nos envolveu, pegamos nossas armas e ficamos atentos, a sombra cada vez mais próxima e nós nos perguntando, onde será que nosso amigo foi parar? Num instante tudo parou e o silêncio tomou conta do ambiente, ouvimos um grito horripilante, e percebemos que a sombra havia sumido.

Alunos Profª Genoveva - 5º ano E.E. Guido Marliére

Pensamos que talvez fosse uma brincadeira de um menino, mas não era. Mesmo assim, decidimos entrar na casa para ver o que havia dentro. Porém, antes, precavidos, pegamos nossos arcos e flechas. Ao entrarmos na casa ouvimos passos. De repente, a porta se fechou fazendo um imenso barulho...

Alunos da Prof. Joana– 3º ano E. E. Guido Marlière

Capítulo IV - A casa mal assombrada


Meu avô contava a história de uma casa que era habitada por espíritos da floresta. Ele mesmo a conheceu. Um dia contou que esse havia sido a pior noite de sua vida. Ele disse:
“Um dia, eu tinha saído para caçar com vários parentes. Adentramos na mata bem distante, mas aquele dia não havia sido muito bom, pois nada matamos. Decidimos, então, passar a noite por ali mesmo assim, no dia seguinte, poderíamos continuar nossa caçada.
Procuramos um lugar bem sossegado, longe dos perigos para podermos levantar nosso acampamento. Quando encontramos, um dos nossos caçadores avistou ao longe um fio de fumaça que subia além das árvores. Achamos que poderia ser algum parente que morasse por ali. Para nós isso era um alívio, pois nos tirava a obrigação de ter que fazer vigilância durante a noite. Decidimos ir lá pedir um lugar para passar a noite.
Seguindo o sinal da fumaça chegamos logo ao local. Uau! Era a casa mais linda que eu já havia visto. Meus amigos também ficaram admirados. Como alguém iria construir uma casa assim no meio da floresta? Quem seria seu dono? Será que a gente poderia mesmo entrar?
Estávamos ainda pensando nisso quando a porta da frente se abriu sozinha. Não vimos ninguém por perto que soubesse de nossa presença por ali. Confesso que fiquei assustado, mas também curioso.
O que deveríamos fazer?
Daniel Munduruku


03 outubro 2011


Imediatamente peguei meu muyraquitã e mostrei ao guardião da Caverna dos Animais do Poder.
- Fique tranquilo. Eu farei tudo que for preciso.
Saí em seguida para cumprir minha missão.
No meu caminho muitos perigos enfrentei e fiquei muito assustado com a areia engolideira. Tive muita dificuldade em atravessar, mas com passos lentos e firmes, com meu talismã consegui fazer essa travessia.
Logo após a descida do grande morro, avistei um cão. Seus dentes grandes e pontudos, seu pelo preto e grosso me assustaram. Pensei em voltar e me esconder nas árvores, porém uma grande força nos unia.
Caminhei em sua direção guiado por essa força. Ele também vinha em minha direção. Quando estava bem próximo eu já podia até ouvir sua respiração ofegante.
O cão cheirou minhas mãos, meu corpo e tocou com a pata o lado esquerdo do meu peito. O pulsar do meu coração indicou que a partir deste momento estaríamos unidos por toda a minha vida.
Continuei meu caminho e o cão sempre ao meu lado.
Durante a volta para casa fui defendido pelo meu guardião.
Agora sabia que para sempre eu estaria protegido e meus medos desapareceriam.

Alunos da Profª. Joana – 3º ano – E. E. Guido Marlière