04 abril 2012

Eliane Pessoa e Daniela Lacerda - Representantes do PROLER

Esta semana as escolas que participam do Escrevendo com o Escritor começaram a receber os livros da Mary e do Eliardo França. Cada uma receberá 35 livros. 

  1. E. M. Monsenhor Solindo
  2. E. M. Antônio Ribeiro Barroso
  3. E. E. Guido Marlière
  4. Centro de Educação Florescer
  5. Colégio de Aplicação - FIC
  6. E. M. Sebastião Carvalho - Zona Rural de Itamarati
  7. APAE de Cataguases
  8. PROLER - Cataguases

 
Alunos da E. M. Antônio Ribeiro Barroso

02 abril 2012

Damos início hoje ao Escrevendo com o Escritor 2012


Vamos conhecer agora a história da Mary e do Eliardo França, escritora e ilustrador que participarão do Escrevendo com o Escritor neste semestre. Nosso encontro está marcado para os dias 4 e 5 de Junho, mas antes disto vamos viver várias aventuras juntos que vamos sempre postar aqui no blog. Tomara que todo mundo goste!!!!

Vamos começar com a Mary


Quando pequena, Mary França conheceu muitas cidades. Até os cinco anos de idade, viveu em Santos Dumont, de onde guarda boas memórias da rua da Biquinha, das reuniões de família, de uma fábrica de bonecas da sua rua e da árvore em que brincava ao redor, fazendo "comidinha” com as primas. Aos cinco anos, mudou-se para Barra do Piraí. Lá já assumia a sua característica de menina responsável: cuidava de sua irmã caçula e ajudava no trabalho do pai, que tinha uma casa de materiais de construção. Finalmente, aos 11 anos foi para Juiz de Fora, cidade que marcou definitivamente sua vida.
            Nessa época, Mary França também conheceu os discos de histórias infantis, que seu pai colocava para a filha escutar. Gostava, sobretudo, da história de Peter Pan. Ouvir essas histórias a influenciou muito a se tornar escritora.
            No curso de magistério, um colega que sabia do gosto de Mary pela literatura a incentivou a escrever histórias. Decidiu seguir o conselho e passou a dividir sua vida de adolescente com a vida de escritora: criava contos e seu mundo imaginário em meio a um dia a dia típico de uma garota de sua idade. Mas ainda sem publicar.
            Algum tempo depois, em um baile de Carnaval, Mary conheceu Eliardo França, um jovem ilustrador em começo de carreira. O encontro foi o empurrão que faltava para Mary se tornar uma escritora de verdade: ele ilustrou o primeiro livro que ela publicou, O menino que voa, lançado pela Editora Conquista, no início dos anos 60. E a parceria se estendeu além das páginas dos livros infantis: os dois se casaram e consolidaram uma bem-sucedida carreira em conjunto.
            Em 1974 foram convidados pela Editora Ática para produzir livros para crianças pequenas, com pouco texto. Naquele momento Mary França começa a pensar na Coleção Gato e Rato, uma das coleções mais elogiadas e mais utilizadas pelos professores em sala de aula.
Um novo desafio apareceu em 1989: traduzir diretamente do dinamarquês os contos de Hans Christian Andersen, destinados a um público um pouco mais adulto. Fizeram, então, uma das maiores viagens da vida de ambos, morando durante quase um ano na Dinamarca, onde visitaram museus, pesquisaram e aprenderam com vizinhos e conhecidos sobre o escritor que tanto a encanta.
E depois de todas as pesquisas, textos e quilômetros rodados, Mary ainda adora viajar, mas gosta mesmo é do contato com as crianças. Tem prazer em reunir sua família e seus netinhos, ou ir até escolas para se aproximar do público leitor. Desse relacionamento íntimo tira ideias para novos livros.

Agora o Eliardo


                A fantasia nas cores e nos traços é uma constante na vida de Eliardo França. Quando, ainda pequeno, ele desagradou à professora ao pintar sua primeira árvore azul, esse ilustrador mineiro já começava a definir um dos estilos de sua obra, que é repleta de cachorros roxos, gatos verdes e ratos vermelhos.
           Sua imaginação de cores trocadas, assim como seu gosto pelos temas infantis, bebeu muito da fonte de sua infância em Minas Gerais. O menino Eliardo aprendeu a montar arapucas para pegar passarinho, jogar bolinha de gude e pescar com guarda-chuva! Essa pesca acontecia na época da desova dos lambaris, quando os peixes subiam o rio e saltavam para superar os desníveis da água. Desavisados, os peixinhos caíam dentro do guarda-chuva estrategicamente aberto por Eliardo, que pescava quilos de lambaris para comer fritos no fubá. 
           Entre caricaturas e garatujas, cresceu querendo ser desenhista. Aos 18 anos, tentou Arquitetura, mas logo percebeu que não era a sua área de interesse. Ainda convencido que seu caminho profissional estava no desenho, tomou coragem, elaborou algumas páginas de histórias em quadrinhos e foi ao Rio de Janeiro, bater na porta da Editora Brasil-América. 
          Chegou sem avisar, e encontrou o editor Adolfo Aizen, que o aconselhou a seguir o caminho da ilustração de livros infantis. Apesar de seu primeiro trabalho nunca ter sido publicado, o jovem ilustrador foi incentivado a continuar. Esse incentivo rendeu a ele as ilustrações para livros de Malba Tahan, além da oportunidade de trabalhar com Ziraldo, na revista O Cruzeiro, e no caderno infantil do Jornal do Brasil.
           Mas foi com os textos de Mary que os desenhos de Eliardo se tornaram conhecidos e ajudaram a alfabetizar muitas gerações de leitores mirins. A parceria rendeu também um casamento e quatro filhos.

Para conhecê-los melhor visite o blog Os Pingos!