19 setembro 2011

Evilyn e Ana Paula - Profª. Clébia - E. E. Guido Marlière
... eu enfrentasse grandes perigos: o primeiro seria lutar contra o mau, o segundo atravessar um campo de plantas carnívoras, e só assim no final eu encontraria o meu Animal de Poder.
Mas não era fácil, eram muitos os perigos.  Estava quase desistindo quando Mandaraka me disse:
- Meu filho, tudo isto é muito perigoso mesmo, mas você pode conseguir usando seu amuleto da sorte. E então, o que me diz?

Alunos da Profª Carmem – 2º ano – E. E. Guido Marlière

16 setembro 2011

Vitor César e Augusto - Profª. Selma - E. E. Guido Marlière
Pensei que talvez ele pudesse fazer um ritual e invocar os bons espíritos e assim meu animal apareceria. Estava ansioso por encontrá-lo, afinal meu pai havia me dito que ele se tornaria um grande amigo. Mas Mandaraka disse que para eu conseguir encontrar meu Animal de Poder seria necessário que ...

Alunos da Prof. Wilma– 4º ano E. E. Guido Marlière
Gabriel Oliveira e Iago Clemente - Profª. Lenir - E. E. Guido Marlière
Olhei bem e vi na minha frente um velho índio, que carregava um tacape. Nele estava presa uma cabeça de jacaré com uma enorme boca.
Espantado, perguntei:
- Quem é você? O que quer de mim?
Ele me olhou calmamente e respondeu:
- Eu sou Mandaraká, o guardião da Caverna dos Animais do Poder. Estou aqui para ajudá-lo a achar seu Animal do Poder, pois aqui não estão somente os ossos de animais que deram seu poder a muito de seus ancestrais, mas o espírito de cada um deles.
Depois de escutá-lo,pensei: “Como ele poderia me ajudar?”

Alunos da Prof. Márcia– 4º ano E. E. Guido Marlière

Capítulo III - O misterioso animal de poder

Isabella e Suehllen - Profª. Genoveva - E. E. Guido Marlière
Outro dia meu pai me esperou acordar para dizer que havia sonhado que minha hora de sair em busca do meu Animal de Poder havia chegado.
Não sabia se ficava alegre ou triste. É que quando este sonho aparece é como se um sinal fosse dado para dizer que eu já era quase um homem feito, um adulto.
Vi que meu pai estava contente, mas um pouco preocupado. Ele sabia dos riscos que isso trazia. O Animal de Poder é o ser ancestral que nos protege. Cada pessoa tem um, mas ele só se mostra quando a gente está preparado para encontrá-lo e isso me trazia a necessidade de ir ao seu encontro dentro da mata.
- Você sabe dos riscos, não é? – perguntou meu pai naquele dia.
- Você me ensinou a não ter medo, pai. Você me preparou para esta hora.
- Sua mãe está aflita. Não para de chorar.
- Sei disso também. As mães sempre choram quando os filhos crescem, não é mesmo?
Meu pai sorriu e me abraçou carinhosamente. Fez o gesto para esconder duas lágrimas que lhe caíam no rosto e que não queria que eu as visse. Depois disso deu-me um cesto com algumas frutas e disse para eu partir. Passei por minha mãe que veio ao meu encontro e também me abraçou me encharcando o rosto com suas lágrimas. Resisti àquela emoção toda sem demonstrar que meu coração estava chorando também. Como quase um homem que eu era, a afastei gentilmente e me pus a caminho.
Na primeira parte daquele dia não encontrei nem sinal do meu Animal e também nada de novidade. Era um caminho que eu já conhecia de tantas vezes ter por ele passado. Na parte da tarde, no entanto, pressenti um frio percorrendo meu corpo. Algo estava por acontecer. Quis procurar um lugar para me esconder, mas já era tarde demais. Quando notei já estava diante de uma enorme boca que ameaçava me engolir. O susto foi tanto que caí para trás e bati a cabeça na raiz de uma árvore. Na mesma hora desfaleci.
Quando acordei já não estava mais no mesmo lugar. Fiquei apavorado ao notar a existência de ossos ali perto de uma enorme fogueira. Por um minuto , enquanto tentava me recuperar, fiquei me perguntando: onde será que estava? Quem me havia trazido para aquele lugar? O que teria acontecido enquanto eu dormia?

Daniel Munduruku

14 setembro 2011

Recadinhos do Daniel para vocês, crianças

Gabriel, Giovanni, Ruan e Felipe - Profª. Joana - E. E. Guido Marlière

- Ela o chamou. Ela é sua.  Seu amuleto da sorte está mergulhado na lagoa que está ali dentro.
Me aproximei do centro da gruta e notei que havia uma pequena lagoa no centro. Olhei para trás e vi que meu pai me incentivava a continuar. Avancei um pouco mais até tocar na água esverdeada. De repente, levei um susto danado. De dentro saltou um imenso sapo. Com a rapidez do pulo acabei caindo de costas. Meu pai quase se desmancha de tanto rir enquanto eu tentava me recuperar do susto. Depois ele parou e fez um gesto para que eu continuasse. Fiz isso e ao tocar com as mãos na água tive que me aproximar ainda mais, pois lá do centro notei um brilho esverdeado. Era meu amuleto. Fui até lá e o coloquei na mão e a apertei. O objeto brilhou ainda mais em minhas mãos. Lá fora meu pai apenas sorria.
- Este é seu amuleto, meu filho. É seu muyraquitã. Ele o protegerá contra todos os males do mundo.
Dito isso, veio ao meu encontro e me abraçou feliz.

Daniel Munduruku

13 setembro 2011

Bianca e Maria Clara - Profª. Márcia - E. E. Guido Marlière

Ele aproximou a canoa até a margem, descemos e fomos andando mata adentro... De repente, no meio da floresta, surgiu um clarão do interior de uma caverna. Era a caverna mais linda que já vi em toda minha vida. Tinha um formato muito diferente de todas as outras, parecia um rosto de um índio. Fomos nos aproximando e quando chegamos na entrada da caverna a surpresa ainda foi maior: as paredes eram feitas de cristal com vários símbolos indígenas esculpidos por toda parte. Nunca havia me sentido tão seguro em outro lugar antes, naquele momento eu estava completamente conectado com meus antepassados.
Então, eu não tive dúvidas e falei para meu pai:
- Aqui é meu porto seguro!
Meu pai muito emocionado, disse: ...

Alunos das Profª. Daise e Cacate– 6º ao 9º ano E. M. Antônio Ribeiro Barroso

12 setembro 2011

Crislene - Profª Daise e Cacate - E. M. Antônio Ribeiro Barroso

Que existia também uma enorme pedra, que atrás dessa pedra passava um rio e que eles acreditavam que dentro deste rio poderia estar o amuleto. Eles já tinham visto um brilho lá no fundo, que às vezes apagava e não dava pra enxergar direito porque a correnteza era muito forte. Estava pensando nisso, quando meu pai me chamou e  disse:
- Está na hora de conhecer seu porto seguro.

Alunos da Prof. Clébia– 2º ano E. E. Guido Marlière
Fillipy - Profª Daise e Cacate - E. M. Antônio Ribeiro Barroso

Imaginei um lugar na floresta com vários animais, frutas e uma enorme oca cercada de cipó. O amuleto estaria escondido num lugar secreto, onde eu jamais saberia se não pudesse contar com a ajuda dos meus amigos. Sabem o que eles disseram?

Alunos da Prof. Renata– 3º ano E. E. Guido Marlière


Capítulo II - Atrás do amuleto da sorte.

Gabriela, Renato, Iara, Pedro, Igor e Taynara - Profª. Carmem - E. E. Guido Marlière

Meu pai dizia que é importante que cada pessoa tenha um amuleto da sorte.  Com ele a gente pode se defender dos perigos da floresta. E foi assim que consegui o meu.
No dia em que completei 09 anos meu pai me tomou nas mãos, me colocou na canoa e disse que iria me levar a um lugar onde eu poderia achar meu amuleto. Esse lugar seria o meu refúgio, lugar onde eu precisaria ir sempre que me sentisse tristonho. Eu quis saber onde era o local, mas ele disse que não poderia me dizer naquele momento. Fiquei pensando que lugar seria esse? Como seria lá?

Daniel Munduruku

02 setembro 2011

Eduardo e Lucas - Prof. Edilena - E. E. Guido Marlière
Meus amigos mostravam muito receio. Eu estava bem. Fiquei tranquilo. Meu avô havia me ensinado a distinguir assobios. Aquele não era do curupira. Eram nossos parentes que estavam à nossa procura. Devolvi o chamado com um assobio que ajudasse na orientação de como poderiam chegar. Minutos depois eles já haviam nos encontrado. Foi uma festa só! Meu pai me carregou no colo e gritou: - meu menino já é um homem!
Confesso que não entendi direito. Meus amigos também não.
Fomos levados direto para a aldeia. O pajé – nosso avô que nos cura – foi chamado para nos receber. Trouxe consigo seu maracá e passou a chacoalhá-lo sobre nossas cabeças. Dizia palavras antigas, mágicas. Depois voltou-se para toda a comunidade que o rodeava:
- Nossos pequenos guerreiros passaram no teste. Mostraram coragem, determinação, força, garra e espírito de equipe para sobreviverem a um perigo que os estava rodeando. Eu pude verificar pelo som do maracá que eles estão bem, com saúde, mas um pouco assustados. E tudo isso porque de nada sabiam sobre o teste porque estavam passando.
Quando o pajé acabou de dizer estas palavras é que consegui entender tudo. Chamei meus amigos e juntos fizemos uma grande festa. Mas, afinal, nós tínhamos visto as pegadas do curupira?
Meu pai nos chamou a um canto e disse para todos nós:
- Sim, crianças, vocês viram as pegadas do curupira e sobreviveram a elas. O curupira é um ser da floresta, um espírito que caminha entre os homens de forma invisível. Só os que têm espírito puro podem vê-lo e sobreviver. É por isso que ele protege as crianças e os animais. Na verdade, vocês não estavam perdidos na floresta. Estavam sendo conduzidos pelo curupira para resistirem a este teste que todos os meninos passam um dia. Fiquei alegre justamente por isso. A coragem e o espírito de grupo os manteve espertos. As pegadas do curupira, os manteve vivos.

Daniel Munduruku