17 agosto 2011

Aventuras na Floresta

Meu nome é Koru. Tenho 09 anos de idade. Meu povo vive na floresta.


Recentemente passei a ser um bekit-kit. Quer dizer, menino-quase-homem. Nesta fase de minha vida irei me preparar para tornar-me um homem adulto. Isso deverá levar uns cinco anos. Por enquanto estou isolado da convivência com meu povo. É um ritual. Faz parte da tradição. Durante estes primeiros meses terei que ficar convivendo com meus amigos da mesma idade. Eles e eu iremos ser instruídos nas coisas do nosso povo. Somente os homens irão ter contato direto conosco. As mulheres nos ensinaram muitas coisas legais, mas agora são os homens que irão nos orientar para a vida adulta.
Enquanto estamos reunidos na casa-dos-homens temos que contar algumas histórias para distrair nossos amigos e treinar, assim, nossa memória. Acontece, porém, que os amigos precisam ajudar a tornar a história ainda mais atraente e interessante. Espero contar com vocês também, ok?

Capítulo I - As pegadas do curupira

Murilo e João - Prof. Joana - E. E. Guido MArlière

Logo de início quero começar a história sobre o dia em que encontrei com o curupira.
Foi a coisa mais horripilante que aconteceu comigo. Foi assim.
Todos os dias saía com minha mãe para ir à roça. Ficava mais ou menos duas horas de distância da aldeia. Isso porque a gente vai plantando a roça para durar no máximo duas estações. Depois disso a gente muda a roça de lugar. Aí ela vai ficando cada vez mais longe.
Num desses dias estavam comigo três outros amigos. Fomos para a mata catar coquinho tucum para fazer enfeites. As mulheres ficaram na roça. Sempre fazíamos isso. Não havia perigo porque já conhecíamos o terreno.
Já tínhamos entrado na mata quando ouvimos um assobio. Achamos que eram as mulheres porque o assobio foi seguido por risadas. Estranhamos um pouco, pois vinha do lado oposto ao que estávamos. Meus amigos não viram nenhum perigo e fomos em direção do assobio.

[E agora? Para onde vai nossa história?]

Xipat Oboré (Tudo de Bom!)
Daniel Munduruku

Um comentário:

igor disse...

eu adorei
daniel l no palco voçe pode dançar voçe voçe quer