25 novembro 2011

Amigas e Amigos da E. M. Antonio Ribeiro Barroso


Praticamente tudo que eu disse sobre as histórias escritas pelos alunos da escola Guido Marlière, vale também para estas, que acabei de ler. Fiquei, mais uma vez, impressionado com a surpreendente variedade de motes e estruturas narrativas, que podem ser vistos e saboreados através destes contos. Se juntarmos todos os contos das duas fases, teremos quase que um modelo para cada história criada. Isso é muito bom!
Em “A Lenda do Queroz”, acredito que o personagem foi inventado, criado, significando com isso que o autor ou autores buscaram um elemento primordial da literatura, que é a originalidade. No entanto, tão importante quanto a originalidade, é o fato que a estrutura do conto nos remete à forma de revelação comum ao mito. O que é o mito senão a explicação de como alguma coisa surgiu, ganhou vida, começou a ser, a existir? Em vez de coisa, claro, poderia ser alguém. E não é preciso procurar os mitos clássicos; bons exemplos estão aqui pertinho, nos mitos indígenas.
“O Rei dos Gatos” corresponde aos personagens que foram criados, mediante uma necessidade imperiosa: ajudar a manter a norma vigente, que a sociedade tem por correta. Neste conto, sua aparição ameaçadora se associa à presença-existência de crianças desobedientes. Poderíamos dizer: uma variação da Cuca para crianças maiores. A Cuca descia do telhado e vinha pegar as crianças bem pequenas que não queriam dormir. O que já não se inventou para o descanso das mães mal-dormidas!
A boa história sobre “A Casa Abandonada da Rua Dutra” concatena dois aspectos de real interesse. O primeiro é aquele, segundo o qual a pessoa temida ou malévola carrega esta característica da vida para o além. Às vezes, até piora sua natureza, pois, após a morte, ela se vê limitada em vários aspectos. E além deste ponto, há outro interessante. Muitas histórias louváveis, inclusive esta, deixam patente que a coragem vence até o sobrenatural. Neste conto, o monstro é vencido e morto por uma Mulher, que se enche de coragem ao ver a filha pequena aprisionada pela estúpida criatura.
“A Lenda das Três crianças da Floresta” segue um mote frequente nas histórias de monstros e assombrações. As aparições se repetem quase sempre num mesmo lugar, num mesmo cenário, e se prendem a um fato singularmente brutal, ali ocorrido no passado. São muito comuns em todo o país, as águas santas, fontes sagradas, menina santa etc., designando os lugares onde uma criança teria sido sacrificada de modo brutal por algum maníaco.
Com o passar do tempo, felizmente, estes lugares malditos pelo acontecimento tenebroso acabam ganhando uma aura diversa em que a imagem da criança se associa a fenômenos de elevação espiritual e até milagres.

Luiz Galdino/ SP.24.11.2011

22 novembro 2011

A lenda do Queroz


Esse é o caso do Queroz. Para quem não sabe o Queroz era um homem com a cabeça raspada e os pés cabeludos. Nas noites de lua cheia, se transformava em uma criatura tenebrosa, com olhar horripilante, sobrenatural, de tirar o fôlego até mesmo dos mais corajosos...
Queroz significa: traz mais mulher pra nós... E era isso que ele fazia, caçava mulheres nas noites de lua cheia.
Tudo começou com dois casais que haviam se casado há pouco tempo. O Roger e a Karolaine e o Fillipy e a Vitória. Passados três anos, Vitória e Karolaine começaram a reparar que seus maridos já não tinham mais tempo para elas e decidiram se separar... Fillipy se conformou com a situação, mas Roger não.
Roger resolveu então, vender a sua alma e um espírito ruim exigiu que ele matasse muitas mulheres e para isso mandou que ele fosse até uma boate e matasse todas que lá estivessem; e avisou que sua ex mulher também estaria lá... Então, em alguns minutos ele se transformou em Queroz...
Naquela noite Queroz enrolou uma corrente em seu corpo e dirigiu-se para a boate. Chegando lá viu sua ex mulher junto de algumas amigas, então rapidamente atacou-a e arrastou-a para um lugar afastado, pendurando-lhe em uma árvore enforcando-a. Ao lado de seu corpo deixou o seguinte recado: “Mulheres dêem valor aos seus maridos e não se separem deles, senão o Queroz irá pegar vocês....”.
No dia seguinte mais 32 mulheres morreram misteriosamente durante um black out, no mesmo horário, do assassinato anterior, naquela boate... E assim até hoje todas as esposas que leram o recado temem as palavras do Queroz...

Elias da silva costa – 8º ano
Prof. Daise e Cacate
Escola Municipal Antônio Ribeiro Barroso

A lenda do rei dos gatos


O rei dos gatos era um homem que morava sozinho em uma mansão grande e assombrada. Ele era horrível, com dentes semelhantes ao de um tubarão, rosto peludo igual ao de um lobisomem, corpo de gato, e garras afiadas como uma navalha...
Ele tinha vários gatos que o seguiam por toda parte, obedecendo aos seus comandos... Eram como seus escravos e não ousavam desrespeitá-lo...
O rei dos gatos era um homem maligno, que não gostava de ninguém. Ordenava que em noites de lua minguante, os gatos invadissem as casas e raptassem crianças desobedientes, levando-as para a mansão assombrada. Lá transformava as crianças em gatos com seus olhos de serpente de fogo, tão aterrorizantes quanto as profundezas de um vulcão.
Conta-se que apenas o rei dos gatos conseguira adquirir os olhos de serpente de fogo. E que para encontrar essa serpente, teve que mergulhar nas profundezas da larva do vulcão de Dambo Dick, contando para isso com a ajuda de forças sobrenaturais...
Falam por aí que o rei dos gatos está dormindo a mais de mil anos e que quando o vulcão de Dambo Dick entrar em erupção, ele acordará e voltará com todo o seu poder e exército de gatos e transformará todas as crianças desobedientes em seus escravos.

Fillipy – 8º ano
Prof. Daise e Cacate
Escola Municipal Antônio Ribeiro Barroso

A casa abandonada da rua Dutra


Perto da minha casa, que fica na rua Dutra, tem uma antiga casa abandonada. Sua aparência é assustadora...
A antiga casa está caindo aos pedaços, as portas e janelas de madeira estão completamente estragadas, as paredes descascadas e em algumas partes os tijolos estão à mostra... As plantas do jardim estão secas e as frutas das árvores sempre azedas... O portão da frente tem uma corrente de ferro enferrujada e quando venta forte, escuta-se o ecoar do seu rangido por todas as redondezas, fazendo barulhos assustadores...
Conta-se que há muito e muito tempo atrás morava nesta casa um homem muito misterioso e assustador, que gritava enfurecido com qualquer um que se aproximasse da casa... Ele era barbudo e muito alto... E por não sair de casa, raramente era visto.
Certa vez três crianças da rua vizinha estavam brincando de bola próximas a casa. Quando de repente uma delas chutou a bola com tanta força, que atravessou o portão e acertou a vidraça da janela, espatifando-a...
O misterioso morador da casa estava dormindo, porém com o barulho acordou e ficou furioso... As crianças que achavam que a casa era abandonada haviam entrado em seu quintal para tentar recuperar a bola... Porém se depararam com a figura assustadora daquele homem estranho, que saiu correndo atrás delas... Duas das crianças conseguiram fugir, porém uma delas, uma garotinha, foi pega pelo homem e arrastada para dentro casa...
As duas crianças que conseguiram fugir, correram até a casa dos pais da menina e contaram o que havia acontecido... Então a mãe da menina cega de desespero pegou um facão e junto do seu marido correu para a horripilante casa abandonada...
Ao chegar à casa, os pais viram sua indefesa filhinha acorrentada à uma mesa e exigiram que o homem a soltasse imediatamente... Porém ele se recusou, ameaçando os pais da menina... Descontrolada, a mãe pariu em direção ao homem e lhe deu três golpes com o facão, matando-o imediatamente...
Conta-se que até hoje o fantasma do misterioso morador, assombra à casa abandonada da rua Dutra e nenhuma criança ousa ultrapassar os seus portões, com medo de ser atacada...

Vitória Borges – 8º ano
Prof. Daise e Cacate
Escola Municipal Antônio Ribeiro Barroso

A lenda das três crianças da floresta


Certo dia, um menino chamado Luiz estava andando em uma pequena reserva florestal, próxima à sua casa, pois havia ido fazer um piquenique com a sua família. Foi então, que ouviu um barulho estranho e resolveu ver o que era... Quando se aproximava de onde vinha o barulho, sua mãe o chamou para ir embora. Luiz só conseguiu ver ao longe três pequenos vultos, próximos a uma grande árvore.        
Ao cair da noite, quando Luiz já estava em casa se preparando para dormir, ouviu novamente o barulho estranho, igual ao que havia ouvido mais cedo, vindo do quintal de sua casa. Começou a tremer de medo, mas muito curioso, tomou coragem e foi ver o que era...
Chegando ao quintal viu três crianças, estranhas, com os olhos vermelhos e com as roupas sujas, parecendo que haviam sido queimadas em algumas partes. Resolveu se aproximar para saber porque elas estavam ali sozinhas, tarde da noite e se precisavam de alguma ajuda.
De repente, as crianças começaram a atacá-lo e falaram que se ele não fosse embora naquele instante, iriam devorá-lo. Porém, Luiz não respeitou e as crianças pegaram uma corda, amarraram-no e arrastaram para a reserva florestal, prendendo-o na grande árvore... Então acenderam uma fogueira... Muito aterrorizado, sem entender o que estava acontecendo, Luiz acabou desmaiando.
No dia seguinte quando acordou, ao perceber que estava em seu quarto, deitado em sua cama, ficou muito assustado. Ao observar que em suas pernas e braços havia marcas como se tivesse sido amarrado por uma corda, ficou mais assombrado ainda... Será que havia sonhado?! Mas e aquelas marcas...
Luiz correu até a sua mãe para contar o que havia acontecido. E foi assim que descobriu sobre a lenda das três crianças da floresta.
“Conta-se que em 1898 três crianças haviam saído para brincar na mata e se perderam. Um homem louco que vivia naquele lugar, matou as pobres crianças, amarrou-as à grande árvore, fez uma fogueira e depois devorou-as...”
Até hoje a alma das três crianças vivem perdidas na mata, sendo conhecidas como as três crianças da floresta...
Karolaine – 8º ano
Prof. Daise e Cacate
Escola Municipal Antônio Ribeiro Barroso

20 novembro 2011

Amigas e Amigos da Escola Guido Marlière


Recebi a primeira remessa de histórias de assombração e fiquei muito bem impressionado. Despertou-me a atenção, principalmente, a variedade dos enfoques
(situações) em que os vários tipos de assombração aparecem. Eu não tenho muito a acrescentar, não. Apenas confirmar, como vocês observaram, que os fantasmas surgem, quase sempre, do desconhecimento do fenômeno.
Eu me recordo que na casa de meu tio Sinhô Monteiro, tudo estralava: O assoalho de ripas longas e os antigos móveis de madeira pesada. E algumas vezes, de fato, os estalos davam lugar a gemidos. Ou seria apenas impressão? Enquanto eu procurava associar os ruídos com os móveis presentes, minha mãe grudava-se ao braço da cadeira de espaldar alto e, a caminho de casa, jurava que, mais de uma vez, mãos de veludo haviam tocado na sua canela e nos seus cabelos.
“O Fantasma Zumba” é uma história muito original. Nesse caso, o fantasma é alguém que quer apenas jogar bola. Provavelmente, um fantasma solitário, que sonhava ter companheiros para brincar. Por que então o medo? Provavelmente, resulta do medo que temos do desconhecido e que poderia ter fim com a aproximação entre as partes. O que vocês pensam disso? Agora, eu fiquei assustado mesmo, logo na primeira linha do texto. Quer dizer que para vocês o fantasma assustador tem a ver com o fato de ser preto, pretinho, pretão? Não acredito! Tem algo incorreto aí; me digam vocês mesmos o que é que está errado aí?
Em “Mistério” acontece aquilo que colocamos acima. A curiosidade é utilizada como forma de saber. Quando se sabe, se conhece melhor cada pessoa, cada objeto, e os receios desaparecem. Muito legal! O “Bambuzal” apresenta outra configuração. É uma típica história de mistério, que induz o leitor a desvendar o mistério, o que é muito motivador. E “A Mão no Guarda-roupa” mostra outra variedade de conto de assombração, onde o que parece fantasma não passa de uma interpretação equivocada de um fenômeno. Como a minha mãe na casa de meu tio.
A “Assombração Assombrada” é uma história clássica, em que a assombração fica um pouco gratuita. Acredito que a história ganharia pontos importantes se a aparição de Mariquinha servisse, por exemplo, para salvar o personagem Ricardo, naquele ambiente tenebroso. Ele vai dali até em casa agradecendo à mulher, que havia desaparecido após a intervenção e ao chegar ao lar topa com a novidade: fora salvo pela mulher que naquele momento já  havia morrido. “O Acampamento Sombrio” é outra variedade de conto, que resulta de um princípio moral, segundo o qual toda desobediência deve ser castigada.
No caso da “Fazenda mal Assombrada”, um bom achado,  as assombrações são inventadas para amedrontar as pessoas e fazer com que se afastem do local.  Muitos monstros e fantasmas foram criados  para afastar os curiosos do local de grandes jazidas de ouro e ou diamantes. No Assuruá, Bahia, fonte de muita riqueza no século XVIII, dizem que as riquezas ainda enormes do lugar são guardadas pela Mãe da Sucuriú, que poderia acabar com a população da cidade só com o seu bafo.
E por fim “O Homem do Dedo Torto”  , outra variante de caso de assombração, em que a experiência lógica não é sequer cogitada. O que equivale dizer: com assombração tudo é possível e Fim.
Parabéns a todos. Estou realmente empolgado com a incrível variedade de assombrações que vocês criaram. E estou certo de que ainda irão muito mais longe. Já estou ansioso pela leitura.

Beijos e Abraços a Todos
Galdino
     SP.20.11.2011

19 novembro 2011

O Fantasma Zumba


Zumba era um fantasma assustador. Ele era preto,pretinho e pretão ...
Morava numa casa assombrada e caminhava arrastando uma enorme corrente.
Num dia ensolarado, Marina, Helbert e Emanuel jogavam bola na rua, bem frente à casa assombrada.
Emanuel chutou a bola com tanta força, que a bola quebrou a vidraça da janela e foi parar dentro da casa.
Os meninos ficaram apavorados. Que fazer: enfrentar o fantasma ou ficar sem a bola?
Imediatamente Marina decidiu:
- Vou buscar essa bola.
- Nós também vamos-disseram Helbert e Emanuel.
Quando eles abriram a porta, levaram um enorme susto. Zumba brincava com a bola.
- Poooorrrrr favoorrrrr, você pode devolver a bola?
- Nãããããõoooo! Eu também quero brincar!
Os meninos se entreolharam e saíram gritando:
- Socorrooooooo! Um fantasmaaaaaaaa!
Eles correram, correram... até chegarem perto do rio. Desceram na margem do rio e se esconderam debaixo da ponte.
Passado um tempo e o medo, eles saíram de lá.
- Nunca mais quero jogar bola perto da casa assombrada - disse Herbert.
- Nem eu - disse Marina.
- Não volto nunca mais naquela rua - disse Emanuel.
- Herbert e Emanuel, vamos brincar na pracinha? Lá sim é um lugar seguro.
- Vamos!!!
Naquele dia eles brincaram e se divertiram pra valer... Quando a noite chegou... O sono não chegou e os três meninos viam o Zumba em toda parte da casa.
- Saí daqui fantasma!!!!

Alunos do 3º ano - Profª Joana
E.E. Guido Marlière

O mistério


Quando eu era um menino bem pequeno, morava com a minha mãe na roça.
Um dia perguntei a ela o que era o brilho e o som que sempre vinham atrás da montanha. Ela não quis me dizer, mas eu fiquei perguntando e perguntando, até que um dia ela me deu uma pista.
Era um bicho que ela também tinha medo, mas não me disse tudo. Um dia ela cansou de me ouvir perguntar e disse:
- Filho, vou te dizer, mas você não vai gostar! É um fantasma horrível, que só aparece para deixar as pessoas tristes, ele sobe do chão e tem três olhos.
Realmente não gostei, mas matou minha curiosidade e nunca mais perguntei.

Andrey, Ruan, Juan,Sara e Lucas - 3º ano - Profª Joana
E.E. Guido Marlière

18 novembro 2011

O Bambuzal


Minha mãe conta que quando ela tinha minha idade, todas as férias ela ia para a casa de sua avó, na roça. E quando estava lá gostava de ir brincar na casa de uma amiga que ficava um pouco distante em uma pequena vila. O problema era que no caminho tinha um bambuzal e ele era grande e muito escuro. Sua avó contava que no meio dele havia um espantalho que era muito estranho e que ele tinha sido colocado ali por uma família que foi assassinada por ladrões de gado. Conta-se que o bambuzal é mal assombrado e que o espantalho é o seu guardião. Há quem diga que todas as pessoas que nele entraram para ver o espantalho nunca mais foram vistas. Há um mistério naquele lugar, alguém topa desvendá-lo? Eu sei que eu não!

Alunos do 5º ano - Profª Genoveva
E.E. Guido Marlière

A mão no guarda-roupa


Quando fui dormir na casa da minha colega ela me contou que o primo dela era sonâmbulo, então decidimos ficar acordadas para ver se ele andava mesmo enquanto dormia. Estávamos conversando quando ouvimos o barulho de uma porta se abrindo. Quando olhamos, vimos uma mão saindo de dentro do guarda-roupa. Começamos a gritar enlouquecidas e enfiamos todas debaixo das cobertas. Depois que vimos aquela mão nós não conseguimos dormir sossegadas, só dávamos umas cochiladas. Quando levantamos com o dia já claro, percebemos que quando o ventilador ventilava no guarda-roupa e um pedaço de uma saia se levantava formando tipo uma mão. Ficamos com menos medo, mas não conseguimos descobrir até hoje se o primo dela é sonâmbulo ou não.

Alunos do 5º ano - Profª Genoveva
E.E. Guido Marlière

16 novembro 2011

A assombração assombrada


Era uma vez uma senhora que se chamava Maria e o seu marido que chamava Ricardo:
D.Maria falou:
- Ricardo, vá lá na cidade comprar: macarrão, feijão, arroz e carne para mim.
-Tá, já estou indo Maria.
Era uma noite muito bonita, mas quando ele chegou à cidade começou a chover.
Quando foi embora a ponte que tinha para atravessar o rio caiu e era uma altura muito grande. Ricardo viu uma amiga da esposa dele do outro lado e disse:
- Mariquinha, como você conseguiu atravessar a ponte?
Ela não respondeu e saiu andando. Ricardo não entendeu nada e foi dar seu jeito de atravessar o buraco. Viu que não era possível o cavalo pular, então teve que passar por outro caminho que era ainda mais longe.
Quando chegou em casa e falou:
-Maria, cheguei! E eu vi sua amiga a Mariquinha lá perto da ponte que caiu.
-Mas homem, ela morreu.
-Que dia?
-Hoje, quando você saiu, por quê?
-Aí meu Deus, eu a vi na ponte, será que eu vi uma assombração? Credo em cruz!!!!!!!

Alunos da prof. Selma
E. E. Guido Marliére


O acampamento sombrio


Certo dia, um grupo de amigos resolveu acampar numa floresta. Quando estavam indo para esta floresta avistaram um senhor  que disse:
- Cuidado, essa floresta é mal assombrada.
Os garotos nem deram confiança e seguiram em frente.
Chegando lá, armaram suas barracas e foram dormir. De madrugada um dos garotos ouviu um barulho, acordou assustado e foi ver o que era, mas não viu nada e continuou ouvindo coisas estranhas.
Ele resolveu acordar os amigos para avisar que havia alguma coisa na floresta. Eles seguiram o barulho e chegaram a uma cabana e não é que deram de cara com o velho que avisou sobre a assombração?
O velho começou a rir e disse:
- Vocês não sabem o risco que estão correndo aqui, porque esse é meu território. Avisei que não era para entrarem na floresta. Agora irão conhecer o mau.
De repente, começou a virar uma aberração terrível e os garotos saíram correndo para nunca mais voltar.

Alunos da prof. Selma
E. E. Guido Marliére

15 novembro 2011

A fazenda mal assombrada


Era uma vez uma fazenda mal assombrada muito rica. Era uma fazenda de café.  Uma vez o capataz da fazenda começou a desconfiar que o café estava desaparecendo. Ele notou também que estava morrendo muita gente por ali porque quase todos os dias passava um enterro. O capataz  desconfiado resolveu ir ao  enterro daquele dia e ele foi armado. Sacou sua arma, parou o enterro e mandou abrirem o caixão para ver o morto. Para sua surpreza o caixão estava cheio de café. E assim ele descobriu que ninguém morria por ali há muito tempo, o que eles levavam era o café da fazenda.
      
Alunos da professora Edilena da E. E. Guido Marlière

O homem do dedo torto

Nossa professora contou uma história de assombração muito interessante que gostaríamos de contar para você, Galdino.
Quando criança ela morava numa casa que diziam ser mal assombrada.  E lá, todos sabiam que não se devia dar tiros em assombração porque coisas estranhas aconteciam.

Só que nesta casa tinha um pequeno buraco na porta por onde contavam, as assombrações entravam e depois se tornavam grandes lá dentro.
Um dia seu pai, que jamais acreditou nesta história, deu um tiro em uma criaturinha que entrava pelo buraco. Sabe o que aconteceu?! 
O tiro voltou contra o dedo dele e o dedo dele ficou torto. E ele aprendeu uma lição: Nunca mais atirar em assombração. Você pode não acreditar, mas os irmão mais velhos de nossa professora juram que viram esta assombração. 


Alunos da professora Edilena da E. E. Guido Marlière

07 novembro 2011

Querido Galdino!


Adoramos o desafio!

Fica assim, então: cada turma de alunos irá contar uma história com diferentes assombrações e postaremos aqui no blog. Não vale assombração conhecida, tem que ser assombração nova. Quando já tiver um número razoável de histórias você dá o seu parecer. Pode ser?!

Um beijo mineiro e assustador para você.

Alunos Escritores do Escrevendo com o Escritor

06 novembro 2011

Desafio de escrita do Galdino


Olá, garotada, eu estou preocupado porque o tempo está correndo e ainda não temos o tema sobre o qual vamos escrever. Como é difícil escrever com tantas cabeças! Então, vou dizer o que passa pela minha.
Tenho paixão por índios, mas vocês já tiveram um índio de verdade aí, falando com vocês, escrevendo com vocês. De qualquer modo, imagino que ele falou como índio dentro da comunidade índia e eu imagino a história que podemos escrever, vendo os índios de fora, de forma não preconceituosa.
Outra paixão que tenho é a mitologia, mas reconheço que não é fácil fazer uma história de ficção original com mitos, a não ser que a gente decidisse adaptar um mito para o nosso tempo, por exemplo.
No entanto, sendo sincero, me sinto mais atraído por outro tema, que sei que criança gosta e jovens também. Até já pensei em escrever algo assim como “Minha coleção de assombrações”. Eu nasci numa fazenda, acho que vocês já sabem, e cansei de ouvir histórias de fantasmas e sobrenaturais. Nem deve ser novidade para vocês. A gente ficava de cabelo arrepiado, mas não se desgrudava das contadoras de história. Se pensarmos um pouco, e criarmos também, em pouco, teremos uma coleção de dar inveja. Aí só precisamos de um enredo para botar todas as assombrações num grupo.
O que acham?
Beijos e abraços a todos.
Galdino

04 novembro 2011

Minhas amigas e meus amigos do Escrevendo com Escritor


Antes de tudo, queria dizer a vocês todos que será uma enorme satisfação escrever junto com vocês e, naturalmente, este será apenas o ponto de partida para nos conhecermos melhor. Pela mostra que deram nos bilhetes enviados, deu para perceber que não vai faltar munição para o texto que está a caminho. Gostei das opiniões e expectativas no ar.
Vinicius e Davi, pelo menos vocês esperam que este venha a ser um momento muito marcante para mim.Se vocês soubessem, para mim ele já se tornou marcante, pois é a primeira vez que vou dividir um texto com alguém. Nunca escrevi nada junto, até já rejeitei convite. Já acho difícil escrever sozinho, que dirá com vários autores!
Natália (Duarte), agradeço por ter adorado a história do “Perdi meu Amor” e por tudo que você disse. Você é muito gentil, é demais mesmo! Só não entendi bem quando você pede para escrever mais histórias divertidas. Puxa, garota, aquele menino perdido vê a garota mais linda que já tinha visto, ela vai embora sem que ele saiba para onde, e você achou a história divertida? Coitado daquele garoto e dos que se aproximarem de você!
E você Murilo, bem você pelo menos manteve a esperança de que o garoto tivesse reencontrado, um dia, aquela garotinha. Infelizmente, a história não dá muita chance para eles, concorda? Ela pode ter ido para vários lugares, poderia estar voltando de outro lugar, de modo que seria muito complicado redescobri-la. Pra eles se reencontrarem, só mesmo se fosse em alguma novela da tevê Globo! Ali, tudo é possível, tudo acontece.
Pedro, Vitor, realmente, ganhei vários prêmios, mais de 20 com certeza, quase 30, no Brasil e fora, em outros países. No entanto, eu acho que o melhor prêmio que um escritor pode conquistar, principalmente aqui, em nosso país, é ter leitores para os nossos livros. E este é o prêmio que eu mais gostei, a escolha dos leitores.
Ah, finalmente, sabia que não faltaria. Gustavo e João Victor, tenho mais de 60 livros publicados e uns 5 ou 6 que vendem muito mais que todos os outros. São eles: O Fantasma que falava Espanhol, A Vida Secreta de Jonas, O brinquedo Misterioso, O Destino de Perseu, Os Cavaleiros da Távola Redonda e, para crianças bem crianças, O Mágico Errado. Gosto de ver livros tão diferentes entre os meus mais lidos, mas gosto muito de outros, que não sei por que, não estão entre os mais lidos.
É isso, amigas e amigos. Da Isabelle e Maria Júlia até o Walesson e Daniel, a todos sem exceção, mando beijos, abraços e um mundo de alegria por estar prestes a conhecer cada um de vocês.

Galdino