Meu príncipe, ...

Álvaro criou para nossa história um final lindo e romântico. Estamos encantados e esperamos que todos gostem também.

E Bela, sentiu o sangue subindo pelo seu corpo, e o sangue logo tomou todo o seu rosto. E Bela em pouco tempo mais parecia com um tomate. O príncipe, a princípio assustou-se, e logo sorriu porque acabara de descobrir que ela também tinha um lado tímido. Mais uma identificação entre os dois. Abriu então os braços, arregalou os olhos, como quem pergunta calado: - E aí? Mas Bela balançou a cabeça e desmaiou. O príncipe deu um salto e conseguiu ampará-la antes que ela batesse com a cabeça no chão. Correu, trouxe água, jogou no rosto dela, e nada, deu uns tapinhas e nada, chamava insistentemente por Bela, e nada. Álcool! É preciso providenciar álcool, amônia, qualquer coisa assim para ela cheirar e acordar. Mas, nada da Bela acordar.
O príncipe estava desesperado, não queria chamar ninguém para acudi-lo. Ficou ali parado, admirando a Bela que para seus olhos e para o seu coração nunca estivera tão Bela. Passou então a admirar cada detalhe de seu rosto. O contorno dos olhos, o rosto mesmo de princesa, o corpo de atriz, charmosa e doce até dormindo o mais profundo dos sonhos. Seus olhos se fixaram então nos lábios de Bela, na boca com o desenho mais belo, perfeita, um pouco carnuda como a pedir um beijo. E foi o que o príncipe fez, rompendo de vez, com sua timidez. Abaixou-se e beijou-a, beijou-a com a alma, com a entrega que um beijo deve ter para merecer ser chamado de beijo. Porque beijo não nasce na boca. Beijo nasce no coração e brota na boca como flor. E uma vez correspondido, beijo flor joga semente e nasce o amor nos dois peitos, coração fica em festa, a alegria toma a vida pela mão e brinca de roda com ela, o mundo se colore como aquarela, tudo gira como carrossel, e os ventos sopram por todo canto as cantigas mais lindas... Foi assim que aconteceu como Bela e o Príncipe, que juntos vivem até hoje, em um mundo ao mesmo distante, ao mesmo tempo próximo, ou até mesmo vizinho da gente, e vivinho da silva no coração de cada um de nós... de nós que criamos juntos essa história... ou de nós que fomos inspirados por ela, obrigados pela nossa inspiração a escrevê-la? Sei lá, sei que essa história existe, e que agora a gente pode sair por aí afora contando pra todo mundo.

Álvaro Ottoni

Yuri - Profe Eva - E. M. São José (Idaic)